Criança

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A Iberoáfrica saúda o Dia Mundial da Criança

No dia 1 de Junho de todos os anos é comemorado o Dia Internacional da Criança, a data comemorativa é celebrada em homenagem à todas as crianças. A efeméride assinalou-se pela primeira vez em 1950 por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU). E para assinalar esta data, o Coordenador da Comissão de Moradores do Condomínio Vila Rios, em Luanda, Garcia Domingos “Graça”, junto da sua equipa organizam uma actividade para todas as crianças do condomínio e para as crianças circunvizinhas no jardim infantil, com vista a homenagear todas as crianças e promover uma maior conscientização à sociedade sobre a importância da protecção, do amor, educação e do crescimento saudável da criança angolana. O Coordenador Garcia Domingos, destacou “sendo hoje o Dia Internacional da Criança não podíamos deixar em branco esta data tão importante, por isso, pensamos em dar a conhecer ao mundo que a Vila Rios existe e que nós valorizamos as nossas crianças, porque a criança é o determinante do futuro de um país. Todos nós para ser o que somos hoje, é porque um dia fomos crianças”, assegurou. O Sr. Graça, como é carinhosamente tratado, revelou que tomou a iniciativa e envolveu o seu elenco para a materialização do evento, e avançou que “organizamos o evento para as crianças, mas convidamos também os pais para que se juntassem à alegria dos pequenos”. O evento juntou e brindou dezenas de crianças, e durante a celebração, foram realizadas distintas actividades culturais, como a dança, a música e a poesia. Uniu-se à esta celebração a escritora e poetisa Esperança Sousa Santos, que declamou para as crianças dois poemas de sua autoria, o tema “a felicidade” e “quero ser a poetisa da noite”. O que despertou a alegria e a inspiração das criancinhas presentes, induzindo a pequena Adriana Mateus a declamar o seu poema, intitulado “há uma flor”, do autor Bernardo Chissende – há uma flor que precisa de ser irrigada… irrigada não com lágrimas, irrigada sim, com as águas poentes da paz e da vida; amada, não com um amor que faz de conta… amada sim, com um amor puro e verdadeiro… Esta flor sou eu, és tu, somos nós crianças… somos a cor de um novo céu; luz que não se pode esconder, com amor e fé vamos vencer, e o mundo vai ouvir a nossa voz… há uma flor. Em conversa com uma das crianças presentes ao evento – Adriana Neto, destacou “esta data é importante porque as crianças precisam de carinho e amor, elas precisam de se divertir e por isso, acho que as crianças merecem isto”. Quando questionada sobre o ponto mais alto do evento, compartilhou que “gostei do momento que as crianças dançavam muito e deu-me muita vontade de dançar também”. O coordenador do condomínio Vila Rios, no distrito da Sapú, em Luanda, Garcia Domingos destacou que é só possível haver amor com as crianças quando o amor começar por nós adultos. O responsável manifestou que a falta de amor para com as crianças é o reflexo da falta de amor entre os adultos, quando apelava à sociedade, “a criança para mim é uma flor, o amor começa comigo e se reflete na criança, por isso, vamos continuar com este projecto para incentivar os pais, não só do condomínio, mas todos os pais, para que tenhamos todos uma atenção especial com a criança, e isso deve ser feito todos os dias, por isso, cuidemos das nossas crianças em prol de um futuro melhor”. Em Angola, o Dia Internacional da Criança é celebrado hoje, 1 de Junho. Apesar dos esforços empreendidos pelo Governo de Angola para a protecção dos direitos da criança, não obstante, são vários os desafios com a criança em Angola. Em junho de 2011, teve lugar o V Fórum Nacional sobre a Criança, organizado pelo Conselho Nacional da Criança, a UNICEF e Parceiros Sociais, onde foram discutidos e actualizados os 11 Compromissos para a Criança, nomeadamente: 1. Esperança de Vida ao Nascer; 2. Segurança Alimentar e Nutricional; 3. Registo de Nascimento; 4. Educação da Primeira Infância; 5. Educação Primária e Formação Profissional; 6. Justiça Juvenil; 7. Prevenção, Tratamento, Apoio e Redução do Impacto do HIV/SIDA nas Famílias e Crianças; 8. Prevenção e Combate à Violência contra a Criança; 9. Protecção Social e Competências Familiares; 10. A Criança e a Comunicação Social, a Cultura e o Desporto; 11. A Criança no Plano Nacional e no Orçamento Geral do Estado. Como mensagem deste dia a pequena Adriana de 9 anos de idade rematou  – “Meus amiguinhos, desejo-vos um feliz dia da criança e que vocês estejam a passar um momento bom, espero que passem um bom dia da criança como eu passei. Não vos quero ver tristes com lágrimas nos olhos, isso vai estragar o nosso dia; então, continuem no vosso bom humor e um beijinho para todos vocês e para os vossos papás! ”. Concluiu Adriana. A Iberoáfrica deseja a todas as crianças de Angola e do mundo inteiro um Feliz Dia Mundial da Criança, com votos de uma infância saudável, segura, com muito amor, liberdade, felicidade e paz.

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Professora Ana Clara Guerra Marques Concede entrevista à Iberoáfrica na Arena das Artes 2024 do CEARTE

Em alusão à realização da arena das artes do Instituto Politécnico Superior de Artes afeto ao Complexo das Escolas de Artes (CEARTE) Nº 9011; sob o lema “nós, as artes e o meio ambiente no centro”, a Rádio Iberoáfrica entrevistou a renomada pesquisadora angolana, docente e fundadora da Companhia de Dança Profissional Angolana (CDC Angola), Ana Clara Guerra Marques, que foi homenageada pelos seus anos dedicados à dança e à formação artística em Angola. O Festival Arena das Artes – CEARTE 2024, que decorre de 28 a 31 de Maio, é organizado pela direcção da instituição e tem como objectivo a demonstração das competências humanas, artísticas, pedagógicas e profissionais de professores e alunos do CEARTE, por outro lado, o Festival visa homenagear todos profissionais que tiveram um papel fundamental na história e no desenvolvimento da instituição bem como nas artes e na cultura de Angola. E no primeiro dia do Festival a homenageada foi a professora Ana Clara, uma das principais precursoras do CEARTE, cuja relação com a instituição data desde 1975. A Dra. Ana Guerra Marques foi a mentora para a área da dança da instituição e a primeira Directora da mesma, enquanto Escola Nacional de Dança em 1978, por indicação do poeta António Jacinto do Amaral Martins (com pseudónimo Orlando Távora), na altura Ministro da Cultura (1975-1978). A ela se deve a criação e a defesa do ensino profissional da dança em Angola, ao assumir em 1978, a direcção da única escola de dança existente no país. Com os alunos da escola, Ana Guerra Marques funda, em 1991, a CDC Angola. Na sua primeira entrevista à Iberoáfrica, destacou: Depois de sensivelmente cinco décadas, que significado tem para si esta homenagem? – Este momento traduz a minha história com o CEARTE, comecei a dirigir a escola em 1978, após a saída da professora responsável pelo curso, quando era aluna da escola, e fiquei dirigindo a Escola Nacional de Dança por indicação do antigo Ministro na altura, o poeta António Jacinto, que não se compadeceu com os meus argumentos, pois era muito jovem; todavia, com o tempo fui percebendo a importância que era de eu estar naquele lugar, ou seja, eu poder desenvolver o ensino artístico que eu tinha começado enquanto criança, pois, desde pequena já sabia que ser bailarina era uma profissão. E, portanto, começar isso de novo no nosso país, um país novo que acabava de conhecer a independência. E assim fui batalhando, fui continuando, desenvolvi o melhor que eu podia, dentro das condições que o país permitia, com a ajuda de professores de fora que vinham cá de vez em quando. Depois chegou uma altura que fui formar-me em dança, fiz a minha licenciatura e o meu mestrado, e em realidade eu olho para trás, e vou ser muito sincera, eu sou mesmo muito transparente – eu não posso dizer que esteja feliz, contente 100%, porque se se tivesse apostado nas artes, no ensino da dança por exemplo, nós nesta altura teríamos várias gerações de bailarinos, coreógrafos, professores de dança e esta escola teria um nível muito mais alto, já teríamos um ensino superior, ou seja, eu acho que não houve um investimento estatal suficiente no ensino das artes. E nós vemos por aqui, tantos anos depois, temos somente uma companhia profissional, temos uma escola que se debate com todo o tipo de dificuldades e mais alguma, temos alunos que precisam de muito mais, precisamos de bons professores – de níveis técnicos mais elevados, equiparados alunos de nível médio com outros de outras formações, por exemplo; mas os alunos têm um nível muito abaixo daquilo que é preciso ter… esta é a verdade, ou seja, a culpa não é dos alunos, não é dos professores, a culpa não é da instituição, há realmente um compromisso, uma obrigação grande que não está a ser devidamente assumida por parte das estruturas estatais, governamentais, que têm que olhar para esta Escola porque é uma Escola Estatal. É preciso que os professores tenham a formação certa para poderem ensinar e não basta ter licenciatura ou mestrado, tem que o ter naquela área, no caso, música, dança, teatro, por exemplo. Como nós sabemos, qualquer área artística é uma área do saber, por isso, há doutoramentos e pós-doutoramentos em dança, música, teatro, etc. em suma, a instituição não é aquilo que eu sonhei um dia, quando comecei muito jovem, cheia de ideias, de perspectivas. Passaram-se muitos anos e eu continuo a fazer o meu trabalho de investigação e sobretudo continuo a criar com os meus bailarinos, como coreógrafa, e, portanto, continuo a fazer este trabalho criativo, de partilhar com o público, de intervir para a mudança da sociedade através das peças que nós fazemos. E olhar para esta legião fantástica de bailarinos que eu formei na companhia, que estão sempre dispostos, que são realmente profissionais, isto é o que me faz perceber como foi importante tudo isto. Nós dançamos fora de Angola e o nosso país através da companhia é aplaudido em pé. Que tipo de apoios a companhia que dirige tem recebido a nível ministerial ou governativo? – Como já mencionei, o nosso país através da CDC Angola é aplaudido em pé lá fora, porém, é uma companhia que não tem apoio, é uma companhia que está abandonada pelo Ministério de tutela, mas nós temos uma grande força – que é sermos profissionais, e isso vincula-nos ao nosso trabalho e ao cumprimento desta missão, que é contribuir fortemente para o desenvolvimento da dança profissional, intelectual de Angola. Há mais de 49 anos, a seu ver qual é o caminho que deve ser trilhado para que Angola esteja ao nível dos países que se desenvolveram e se destacam na área das artes? Considerando que uma sociedade não se faz apenas com médicos, militares e engenheiros, mas, e sobretudo com artistas, escritores e intelectuais. – Os artistas, escritores e os intelectuais, isso aí… este é que é o coração das sociedades… Como tu disseste e muito bem, sabes… se não temos professores licenciados

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A Rádio da Iberofonia

A Rádio Iberoáfrica é a primeira rádio de matriz genuinamente Africana, voz da Angolanidade com vocação pan-ibérica, criada com a missão de fomentar a articulação e o intercâmbio linguístico, histórico-cultural entre todos os países do espaço multinacional e intercontinental da Iberofonia. Comprometida com a aproximação de todos os povos e nações africanas de expressão espanhola e portuguesa, assim como o estreitamento de relações culturais, diplomáticas, educativas, científicas, desportivas, ambientais e de cidadania a nível dos países de expressão portuguesa e espanhola no mundo inteiro. A Rádio Iberoáfrica, promove a cultura da paz e do entendimento entre os povos e as nações. Veículo do sector da cultura e da comunicação com projecção ao nível da Iberofonia, que compreende todos os países do mundo inteiro das duas grandes línguas ibéricas, o português e o espanhol, que, segundo Frigdiano Álvaro Durántez Prados, autor do tratado de geopolítica intitulado Iberofonía y Paniberismo. Definición y Articulación del Mundo Ibérico (Última Línea, 2018), aborda como objecto de estudo o âmbito mundial pan-ibérico de línguas espanhola e portuguesa. O espaço multinacional e intercontinental da Iberofonia é a soma da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Comunidade Ibero-Americana de Nações (CIN), que reúne cerca de 900 milhões de pessoas e cerca de 30 países de todos os continentes, constitui a décima parte da população mundial, um quinto da superfície do planeta, o primeiro bloco geolinguístico do mundo. A Rádio Iberoáfrica promove e facilita a relação horizontal e triangular entre África, América, Ásia e Europa através do diálogo, do entendimento, da cultura, paz, educação e da colaboração internacional. A Rádio Iberoáfrica nasce no coração de Angola, na invicta cidade do Cuito, Província do Bié. Angola é o maior e o principal país Ibero-Africano, situado no coração de África e um país-chave no passado, no presente e no futuro de África bem como na história da humanidade. Angola é um país enorme, belo e inspirador, rico com a sua cultura, atraente com muitas oportunidades de progresso em áreas como o turismo, desporto, agricultura, energias limpas, indústria, pesca, educação, ciência, tecnologia, inovação; uma nação comprometida com o desenvolvimento sustentável, a paz, a igualdade de gênero, a soberania dos povos, a criança, a juventude, a justiça e a liberdade. Todos esses elementos fazem de Angola um país fundamental não somente na África iberófona, mas também em todo espaço global da iberofonia. A cultura é um elemento de identidade, crucial na relação dos povos, outrossim, na divulgação das nações ao mundo; nesse sentido, a Rádio Iberoáfrica nasce com a missão de divulgar o melhor que há a nível da Iberofonia, não somente o que toca às afinidades linguísticas partilhadas pelas nossas duas línguas, como também os aspectos ligados às raízes africanas, como as línguas, os ritmos, as cores, a ciência, a educação, a audácia dos povos africanos, em benefício do equilíbrio internacional, tornando-se assim num instrumento de abertura para os povos, particularmente os da Iberofonia. A Rádio Iberoáfrica é uma promotora do equilíbrio a um mundo cada vez mais polarizado, uma voz activa que ecoa as suas acções para os quatro cantos da terra, aludindo que este planeta que partilhamos é cheio de outras lindas histórias, experiências, conhecimentos e realidades que se nos abrirmos a descobri-las certamente seremos todos muito mais enriquecidos, quer do ponto de vista humano como do ponto de vista cultural. Por intermédio da cultura se podem dirimir certas tendências homogeneizadoras do contexto internacional, que claramente são reais nos dias de hoje. Nesta óptica, os meios de comunicação radiofónico têm um papel extremamente fulcral na promoção da cultura de paz e de entendimento, outrossim na promoção da liberdade, justiça e igualdade entre as pessoas, entre as sociedades e entre as nações do mundo inteiro. Com este nobre compromisso nasce a Rádio Iberoáfrica, com uma visão clara que favorece o diálogo e o entendimento entre os povos, estimula e apoia a cultura como factor de desenvolvimento e da sustentabilidade dos povos e das nações bem como visa o enriquecimento cultural e social de todos os cidadãos da Iberofonia, através da valorização e promoção da história, língua, cultura e da educação. A pedra angular da Rádio Iberoáfrica são os valores que seguem firmes e intrínsecos com a sua nobre visão social e missão cultural, quais são: Justiça Liberdade Solidariedade Igualdade Paz. Esta rádio pioneira na Ibero-África se torna num verdadeiro instrumento activo de comunicação, um elemento de força e expressão para as pessoas, povos e para as nações do mundo inteiro, em particular, para o espaço multinacional da Iberofonia. Desde o coração de Angola nasce uma nova luz, com vozes de esperança que ecoam o pluralismo, a unidade na diversidade, a justiça, a paz e o entendimento entre todos os povos e nações a nível do espaço multinacional da Iberofonia e do mundo inteiro. Rádio Iberoáfrica, a rádio da Iberofonia.   Artigo do Director.

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