cultura

De esquerda à direita: Fernando Ignacio Ondo Ndjeng , Presidente do CIPVE; Rubén Calderón, Reitor da UNEATLANTICO; F. Álvaro Durántez, Director de Relações Institucionais da FUNIBER
África, Ciência, Cultura, Educação, Espanha, Europa, Guiné Equatorial, Ibero-África, Iberofonia, Sociedade

FUNIBER e UNEATLANTICO firmam convênio de colaboração com o Centro Internacional de Pós-graduação da Guiné Equatorial e a Academia Ecuatoguineana de la Lengua Española

A Fundação Universitária Iberoamericana (FUNIBER) e a Universidad Europea del Atlántico (UNEATLANTICO) firmam um convênio de colaboração com o Centro Internacional de Pós-graduação da Guiné Equatorial “Verónica Eyang” (CIPVE) e a Academia Ecuatoguineana de la Lengua Española (AEGLE). O Director de Relações Institucionais da FUNIBER da Cátedra FUNIBER de Estudos Iberoamericanos e da Iberofonia, Frigdiano Álvaro Durántez Prados, o Reitor Rubén Calderón Iglesias, e Fernando Ignacio Ondo Ndjeng Afang, Presidente do CIPVE e académico de número da AEGLE, oficializaram este acordo que tem como objectivo principal fortalecer e desenvolver programas académicos, científicos e culturais, assim como o intercâmbio de docentes e profissionais entre as instituições signatárias. O convênio sublinha o compromisso partilhado pelas quatro entidades na promoção do conhecimento e no reforço dos laços entre os países de língua espanhola. Através deste acordo, procura-se também valorizar a identidade e a dimensão africana, especialmente a equato-guineense, dentro do Espaço multinacional da Iberofonia mediante a difusão da cultura hispânica e da língua espanhola. As áreas de colaboração incluem o desenvolvimento de projectos de cooperação nacional e internacional, a difusão de programas académicos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutoramento na Guiné Equatorial e a organização de conferências, cursos e reuniões conjuntas. Além disso, será dada especial ênfase à formação de professores de espanhol como língua estrangeira, promovendo uma poderosa oferta educativa para o continente africano. Da mesma forma, o acordo também estipula a criação de um escritório de representação da FUNIBER nas instalações do CIPVE em Bata, Guiné Equatorial, para facilitar a gestão de bolsas de estudo e programas académicos dos quais os alunos e estudantes equato-guineenses podem beneficiar. Este acordo visa igualmente promover o progresso cultural, económico e social através da cooperação e do intercâmbio de conhecimentos entre as instituições signatárias. Além disso, consolida uma aliança estratégica que promete grandes benefícios para os âmbitos educativo e cultural dos países hispanofalantes. Acordo específico entre a FUNIBER e o Centro Internacional de Pós-graduação da Guiné Equatorial Por sua vez, os representantes da FUNIBER e do CIPVE assinaram um acordo bilateral específico destinado à formação a distância em mais de oitenta programas académicos de pós-graduação, incluindo especialidades, mestrados e doutoramentos, com ênfase na qualificação de professores em linguística aplicada ao ensino do espanhol como língua estrangeira. Esta medida promoverá, a partir da Guiné Equatorial, a criação de uma poderosa oferta de ensino da língua espanhola para todo o continente africano, um objectivo estratégico no âmbito da Iberofonia.

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Académicos da AEGLE condecorados pela ANLE numa histórica jornada sobre o hispanismo nos EUA

Trata-se dos académicos Agustín Nze Nfumu e Fernando Ondó Ndjeng, que foram destacados pelo seu trabalho na promoção do espanhol em África numa distinta demonstração de reconhecimento pelo desenvolvimento que ambos levam à cabo em prol do fortalecimento do idioma espanhol no continente africano. Agustín Nfumu e Fernando Ondó, académicos da Academia Ecuatoguineana de Lengua Española (AEGLE) foram condecorados pela Academia Norteamericana de la Lengua Española (ANLE), na última terça-feira, dia 11. O evento teve lugar na sede do Instituto Cervantes em Nova York e constituiu um marco na história do hispanismo, uma vez que foi a primeira conferência do género de sempre. O renomado académico africano da AEGLE Fernando Ondó Ndjeng apresentou uma conferência sobre “Passado, presente e futuro da AEGLE”, destacando o papel desta academia na promoção do espanhol no continente africano. A notícia foi avançada pela Revista Real EquatorialGuinea, e segundo a mesma, entre os pontos destacados da sua locução também se inclui uma análise do papel do espanhol na Guiné-Equatorial, a história da literatura no país e a importância da diplomacia cultural no reconhecimento do espanhol como língua oficial da União Africana. Igualmente, Fernando Ondó enfatizou que o espanhol é um símbolo de identidade para Guiné-Equatorial, destacando a sua singularidade como o único país africano onde o espanhol é uma língua oficial. O evento culminou com a entrega de diplomas e medalhas a Agustín Nze Nfumu, Presidente da AEGLE e a Fernando Ignacio Ondó Ndjeng, Académico da instituição, ambos outorgados como membros correspondentes da ANLE. A Revista Iberoáfrica, que foi convidada ao evento testemunhou este momento importante que assinala uma nova etapa no fortalecimento das relações entre todos os países e comunidades iberófonas do mundo. As Primeras Jornadas del Hispanismo en los Estados Unidos foram uma parceria entre o Instituto Cervantes – Nova York e a ANLE; o evento contou com a presença de distintas autoridades, directivos do Instituto Cervantes em Nova York – representado ao mais alto nível pelo Director Richard Bueno Hudson, Nuria Morgado – Directora da ANLE, também estiveram presentes o Subdirector da ANLE – Jorge Ignacio Covarrubias, o Director Honorário da ANLE – Gerardo Piña-Rosales, Richard Kagan – Catedrático emérito de história “Arthur O. Lovejoy”, que ministrou a primeira conferência da noite, sob o tema “A história do hispanismo norte-americano: um breve relato”. Contou ainda com um representante da Organização das Nações Unidas (ONU) da Guiné-Equatorial, entre outras entidades internacionais e a imprensa.

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Angola, Arte, Ciência, Criança, Cultura, Dança, Desenvolvimento sustentável, Educação, Ibero-África, Iberofoia, Justiça, Juventude, Mulher, Paz, Saúde, Sociedade, Turismo

Professora Ana Clara Guerra Marques Concede entrevista à Iberoáfrica na Arena das Artes 2024 do CEARTE

Em alusão à realização da arena das artes do Instituto Politécnico Superior de Artes afeto ao Complexo das Escolas de Artes (CEARTE) Nº 9011; sob o lema “nós, as artes e o meio ambiente no centro”, a Rádio Iberoáfrica entrevistou a renomada pesquisadora angolana, docente e fundadora da Companhia de Dança Profissional Angolana (CDC Angola), Ana Clara Guerra Marques, que foi homenageada pelos seus anos dedicados à dança e à formação artística em Angola. O Festival Arena das Artes – CEARTE 2024, que decorre de 28 a 31 de Maio, é organizado pela direcção da instituição e tem como objectivo a demonstração das competências humanas, artísticas, pedagógicas e profissionais de professores e alunos do CEARTE, por outro lado, o Festival visa homenagear todos profissionais que tiveram um papel fundamental na história e no desenvolvimento da instituição bem como nas artes e na cultura de Angola. E no primeiro dia do Festival a homenageada foi a professora Ana Clara, uma das principais precursoras do CEARTE, cuja relação com a instituição data desde 1975. A Dra. Ana Guerra Marques foi a mentora para a área da dança da instituição e a primeira Directora da mesma, enquanto Escola Nacional de Dança em 1978, por indicação do poeta António Jacinto do Amaral Martins (com pseudónimo Orlando Távora), na altura Ministro da Cultura (1975-1978). A ela se deve a criação e a defesa do ensino profissional da dança em Angola, ao assumir em 1978, a direcção da única escola de dança existente no país. Com os alunos da escola, Ana Guerra Marques funda, em 1991, a CDC Angola. Na sua primeira entrevista à Iberoáfrica, destacou: Depois de sensivelmente cinco décadas, que significado tem para si esta homenagem? – Este momento traduz a minha história com o CEARTE, comecei a dirigir a escola em 1978, após a saída da professora responsável pelo curso, quando era aluna da escola, e fiquei dirigindo a Escola Nacional de Dança por indicação do antigo Ministro na altura, o poeta António Jacinto, que não se compadeceu com os meus argumentos, pois era muito jovem; todavia, com o tempo fui percebendo a importância que era de eu estar naquele lugar, ou seja, eu poder desenvolver o ensino artístico que eu tinha começado enquanto criança, pois, desde pequena já sabia que ser bailarina era uma profissão. E, portanto, começar isso de novo no nosso país, um país novo que acabava de conhecer a independência. E assim fui batalhando, fui continuando, desenvolvi o melhor que eu podia, dentro das condições que o país permitia, com a ajuda de professores de fora que vinham cá de vez em quando. Depois chegou uma altura que fui formar-me em dança, fiz a minha licenciatura e o meu mestrado, e em realidade eu olho para trás, e vou ser muito sincera, eu sou mesmo muito transparente – eu não posso dizer que esteja feliz, contente 100%, porque se se tivesse apostado nas artes, no ensino da dança por exemplo, nós nesta altura teríamos várias gerações de bailarinos, coreógrafos, professores de dança e esta escola teria um nível muito mais alto, já teríamos um ensino superior, ou seja, eu acho que não houve um investimento estatal suficiente no ensino das artes. E nós vemos por aqui, tantos anos depois, temos somente uma companhia profissional, temos uma escola que se debate com todo o tipo de dificuldades e mais alguma, temos alunos que precisam de muito mais, precisamos de bons professores – de níveis técnicos mais elevados, equiparados alunos de nível médio com outros de outras formações, por exemplo; mas os alunos têm um nível muito abaixo daquilo que é preciso ter… esta é a verdade, ou seja, a culpa não é dos alunos, não é dos professores, a culpa não é da instituição, há realmente um compromisso, uma obrigação grande que não está a ser devidamente assumida por parte das estruturas estatais, governamentais, que têm que olhar para esta Escola porque é uma Escola Estatal. É preciso que os professores tenham a formação certa para poderem ensinar e não basta ter licenciatura ou mestrado, tem que o ter naquela área, no caso, música, dança, teatro, por exemplo. Como nós sabemos, qualquer área artística é uma área do saber, por isso, há doutoramentos e pós-doutoramentos em dança, música, teatro, etc. em suma, a instituição não é aquilo que eu sonhei um dia, quando comecei muito jovem, cheia de ideias, de perspectivas. Passaram-se muitos anos e eu continuo a fazer o meu trabalho de investigação e sobretudo continuo a criar com os meus bailarinos, como coreógrafa, e, portanto, continuo a fazer este trabalho criativo, de partilhar com o público, de intervir para a mudança da sociedade através das peças que nós fazemos. E olhar para esta legião fantástica de bailarinos que eu formei na companhia, que estão sempre dispostos, que são realmente profissionais, isto é o que me faz perceber como foi importante tudo isto. Nós dançamos fora de Angola e o nosso país através da companhia é aplaudido em pé. Que tipo de apoios a companhia que dirige tem recebido a nível ministerial ou governativo? – Como já mencionei, o nosso país através da CDC Angola é aplaudido em pé lá fora, porém, é uma companhia que não tem apoio, é uma companhia que está abandonada pelo Ministério de tutela, mas nós temos uma grande força – que é sermos profissionais, e isso vincula-nos ao nosso trabalho e ao cumprimento desta missão, que é contribuir fortemente para o desenvolvimento da dança profissional, intelectual de Angola. Há mais de 49 anos, a seu ver qual é o caminho que deve ser trilhado para que Angola esteja ao nível dos países que se desenvolveram e se destacam na área das artes? Considerando que uma sociedade não se faz apenas com médicos, militares e engenheiros, mas, e sobretudo com artistas, escritores e intelectuais. – Os artistas, escritores e os intelectuais, isso aí… este é que é o coração das sociedades… Como tu disseste e muito bem, sabes… se não temos professores licenciados

Angolanos participam no Filme Espanhol-A fuga-Rádio-Iberoáfrica-Capa
África, Angola, Arte, Cinema, Cultura, Espanha, Europa, Ibero-África, Iberofonia

Angolanos participam no Filme Espanhol “A fuga”

“A fuga”, a primeira longa-metragem de Tuti Fernández, defende que não há idade para aproveitar as oportunidades, mesmo que isso signifique romper com o que está estabelecido. É a ideia que fica na cabeça do espectador ao terminar de assistir “A fuga”. Os actores vivenciaram a aventura das suas personagens. Um elenco sénior, o facto de viajarem para Angola para filmar aquele que para muitos é o filme mais importante das suas carreiras, e de um grande impacto. Interpretado pelo irlandês (espanhol por adopção) Declan Hemp, de 61 anos. Em código de humor e sempre levando as coisas um pouco ao extremo, como é de regra na comédia conta a história de um trompetista de jazz (Mike Blow, interpretado por Hemp) que acaba em uma casa de repouso especializada em música. A maioria deles são glórias aposentadas da música clássica que passam seus últimos dias jogando bingo. Um grupo de idosos, todos músicos aposentados, após anos de turneês e sucesso ao redor do mundo, passa os seus últimos dias em uma casa de repouso. A tranquilidade é quebrada no dia em que Mike Blow, um excêntrico músico de jazz com Alzheimer, chega à residência. Um telefonema e um engano são o gatilho para um plano. Mike irá convencê-los a fugir de lá e embarcar numa viagem para África para encontrarem com uma orquestra de crianças de rua em Angola. A viagem mudará para sempre a vida de todos eles. Toda gravação do filme foi possível graças aos esforços de toda a equipa técnica e artística e, sobretudo, à colaboração das Embaixadas de Angola em Espanha e da Embaixada de Espanha em Angola, bem como da companhia aérea angolana TAAG e do Instituto de Cinema Angolano. Tuti Fernández apontou que filmar em Angola foi uma experiência inesquecível. “Tivemos um elenco maravilhoso de actores angolanos e parte da equipa técnica e de produção também era residente em Luanda”. Ressaltou o prazer de filmar tanto em Luanda como na desembocadura do Rio Kwanza, proporcionando imagens fantásticas, além de partilhar dias de filmagem na Escola Kaposoka, acolhidos por Pedro Fançony e sua equipa. “As crianças da escola desempenharam um papel maravilhoso”. Tuti Fernández falou com muito carinho sobre as crianças da escola de música Kaposoka, a forma em que está estruturada para ensinar as crianças. E relembra que conheceu a escola há anos, através do produtor Manuel Serrano, e decidiu contar a história de duas gerações, idosos e crianças e de duas culturas, a espanhola e a angolana, unidas através da música. “Estas duas gerações e culturas diferentes aprenderão uma com a outra na nossa história”. O lançamento do filme em Espanha foi no passado dia 10 do corrente mês e ano. Mas, antes do lançamento comercial, o filme foi seleccionado em festivais da Espanha, Estados Unidos, Canadá, México. Em vários destes festivais foi premiado com reconhecimento de melhor filme e elenco artístico. Sobre a estreia em Angola e perspectivas do filme, salientou que “de momento o filme está nas mãos de uma das mais importantes distribuidoras espanholas chamadas – A Contracorrente”. Actualmente é exibido exclusivamente nos cinemas Verdi de Madrid e “esperamos que tenha sucesso suficiente para ser exibido em outros países e continentes. Esperamos poder estreá-lo em algum momento em Angola, para que os actores que nele participaram e a equipa técnica possam desfrutar da sua história na tela grande”, concluiu. Sobre o elenco, talvez o caso mais eloquente e divertido seja o da actriz Bel Orfila, de 83 anos. Na primeira noite que a equipa passou em Angola, Sergio Pazos (59 anos) e Declan Hemp não quiseram perder a oportunidade de visitar uma discoteca local. Ao apresentarem o seu plano ao restante do elenco, Orfila disse a frase-chave: “Estou dentro”. “Ela saiu conosco às onze da noite e fomos a uma boate”, lembra Declan. “Éramos dois homens de 50 e 60 anos e uma senhora de 83. “Em todos os momentos estive atento para cuidar dela, para procurar mesa. E nos divertimos muito. Outros preferiram ficar no hotel, mas ela era a primeira a se alistar para tudo”.

Dia de África 2024 Rádio Iberoáfrica
África, Afrodescendência, Angola, Comunicação, Cultura, Desenvolvimento sustentável, Diplomacia, Economia, Educação, Emprego, Gastronomia, Ibero-África, Iberofonia, Juventude, Música, Paz, Rádio, Sociedade, Turismo

Rádio Iberoáfrica Celebra o Dia de África com realização de eventos culturais

No dia 25 de Maio de 1963, os Líderes dos Estados Africanos descolonizados, reunidos em Addis Abeba – Etiópia, criaram a Organização de Unidade Africana (OUA); esta por sua vez, teve como objectivo principal a unidade africana em prol da descolonização do resto do continente, bem como na resolução de conflitos regionais subsequentes. Foi no dia 25 de Maio de 1972 que a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu a data como o Dia de África, inicialmente nomeado Dia da Libertação de África. Em 2002 os Líderes Africanos membros da OUA substituem o nome por União Africana (UA). E para assinalar esta data tão importante para África e para o mundo, a Rádio Iberoáfrica realiza uma série de eventos culturais para os africanos e todos os afrodescendentes no mundo inteiro. Para assinalar a efeméride, a Rádio Iberoáfrica realiza diferentes eventos culturais em distintos pontos da cidade de Luanda, como o Iº Festival África Sabores, Cores e Cultura, o tão aclamado programa de televisão Iberófono e Afrodescendente Yetu Song desenvolvido pela Rede Kulturalmente Yetu (KY) em pareceria com a Gudesom e tem como rosto o prestigiado apresentador e artista Bern Chissende. E para a materialização destas actividades a Rádio Iberoáfrica e o Kulturalmente Yetu juntaram-se a parceiros estratégicos como o Shopping Popular – Camama, Gudesom, STA ANGOLA, Audiometragem e renomados artistas africanos. Feira Ibero-Africana de Artesanato: O principal artesão da Feira Ibero-Africana de Artesanato, João Kalomo é artesão há mais de 20 anos, e destaca a importância do artesanato na preservação da história e da cultura africana, defendendo que “é importante que tanto as gerações presentes como as gerações porvindouras conheçam a nossa história e a nossa identidade, por isso, o artesanato é uma forma de expressão artística que dá esse realce.” E quando questionado sobre a sua principal motivação, o artesão africano Kalomo argumentou, “a cultura não deve morrer, recebemos dos nossos antepassados esta riqueza e queremos passá-la às futuras gerações para que a nossa história permaneça viva”. Kalomo retrata nas suas obras o imbondeiro, como símbolo da resistência, a resiliência e o amor da mãe africana, bem como figuras místicas de África e outras obras que espelham a história e a cultura Ibero-Africana. Gastronomia: No festival foram apresentados os principais pratos típicos africanos. Foram igualmente expostos projectos com propostas inovadoras no ramo da culinária, como a introdução de pratos, sabores e ritmos que combinam a gastronomia africana com sabores de países ibero-americanos. Música ao Vivo: Para o encerramento do Festival foi estreado o Yetu Song, um programa Kulturalmente Yetu, sob o comando do apresentador Bern Chissende. Yetu Song tem apoio à realização da Gudesom, é um programa inovador desenvolvido para o fomento e articulação cultural de artistas, produtores, pesquisadores e todos os profissionais e agentes da indústria cultural do espaço multinacional e intercontinental da Iberofonia e Afrodescendente. O programa divulgou músicas ao vivo em línguas africanas, obras inéditas dos cantores Paytto Yamale, com o tema “Mama África” e Abraão Pharya, que apresentou a canção “Ulamba”. O 25 de Maio é uma ocasião especial para reflectir sobre as conquistas e desafios do continente africano. Neste sentido, é importante destacar a Agenda 2063 da União Africana (UA), um roteiro estratégico criado para impulsionar o desenvolvimento socioeconómico e a integração de África ao longo de um período de 50 anos, 2013-2063. Com a realização destes eventos, a Rádio Iberoáfrica evidencia a relevância da efeméride e promove a cultura da paz e do entendimento, através da valorização da identidade cultural africana, como factor de unidade dos africanos sem exclusão dos afrodescendentes. Segundo a Directora da Revista Iberoáfrica, Solange Chissende, “um dia como este deve necessariamente remeter-nos à uma celebração que englobe todos os filhos de África, os afrodescendentes espalhados pelo mundo, e com palavras de irmandade lembramos desde Angola as suas raízes com saudações calorosas e fraternas”. Com a celebração do Dia de África, a Rádio Iberoáfrica apoia os esforços para o desenvolvimento sustentável, para que todos os africanos tenham a oportunidade de atingir o seu pleno potencial, contribuindo assim para “A África que queremos”. A Rádio Iberoáfrica deseja a todos os africanos um feliz Dia de África, na certeza que todos nós somos parte de um todo.

Afonso Vita, Autógrafo Livro, As Rotas dos Escravos - Rádio Iberoáfrica
África, Afrodescendência, Angola, Ciência, Cultura, Desenvolvimento sustentável, Economia, Educação, História, Sociedade, Turismo

Afonso Vita Lança Livro sobre Desenvolvimento do Turismo Cultural e de Memória em Angola: A Rota de Escravos

O académico angolano Afonso Vita, lançou no último sábado o seu livro intitulado “Desenvolvimento do Turismo Cultural e de Memória em Angola: A Rota de Escravos”. O acto de lançamento decorreu em Portugal, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC) afeto à Universidade de Lisboa (UL), pelas 17h30. O acto contou com a participação de académicos portugueses, com proeminência para Paulo Farmhouse Alberto, Vice-reitor da UL; Marta Lourenço, Directora do MUHNAC e Fernanda Cravidão, na qualidade de oradores convidados pelo autor. Segundo o Dr. Vita, “a reconstituição da geografia das rotas de escravos em Angola e a sua transformação em lugares de interesse para turismo através da prática do turismo de memória, vai despertar a sociedade angolana sobre o seu passado histórico multiforme e multidimensional, visto que influenciou e galvanizou a história universal que consequentemente contribuirá para a melhoria das condições de vida das populações locais.” O renomado investigador angolano, dá conta que “este espaço multidimensional de cariz internacional, aproximará e reunirá a diáspora africana no mesmo espaço geográfico através do Festival Internacional bianual de Encontro e Reencontro da Africanidade em Angola, ou simplesmente “The Yalankuwu Festival”, que servirá de plataforma ou mecanismo de atracção e captação de turistas e visitantes para desfrutarem das maravilhas das terras de Nimi A Lukeni, Nzinga Mbandi, Kimpa Vita e Nsaku Né Vunda ou Dom António Manuel “NEGRITA.” Assegurou. Afonso Vita, de nacionalidade angolana, é natural de Mbanza-A-Kongo, doutorado em Geografia Humana aplicada ao Turismo pela Universidade de Coimbra, com a tese “Desenvolvimento do Turismo Cultural e de Memória em Angola – A Rota dos Escravos.” Possui igualmente o Master of Business Administration pela Florida Metropolitan e Gestão de Empresas Turísticas e Hoteleiras pelo Institut Superieur Internationel du Tourisme de Tanger – Reino de Marrocos. Foi funcionário do Hotel Wyndhaw Palace, no Walt Disney World em Orlando, Estados Unidos da América. Em Angola exerceu funções no Ministério da Hotelaria e Turismo como assessor do Ministro, foi Director Nacional das Infraestruturas Hoteleiras e Director Nacional da Hotelaria e Similares. Após a alteração da designação para Ministério do Turismo, foi Director Nacional da Qualificação de Infraestruturas e Produtos Turísticos. Actualmente é Director do Instituto do Fomento Turístico (INFOTUR), órgão tutelado pelo Ministério da Cultura e Turismo. Numa entrevista à agência de notícias portuguesa Lusa, Afonso Vita assegurou: “Portugal criou, inventou a escravatura moderna e liderou por mais de 100 anos este processo. Quer dizer, se nós tivermos que procurar um responsável o número um é Portugal, mas o nosso objectivo já não é dizer quem foi o culpado, quem começou. O que queremos é que o mundo reconheça que cometeu esse crime e a partir daí não se voltar um dia a fazer a mesma coisa”, disse o investigador angolano. Na mesma entrevista, Vita reconhece que há formas de reparar os danos originados no passado, mas no seu entender, “o reconhecimento e a valorização dessa história é já um passo muito importante em vias de respeitar os africanos que foram forçosamente levados para outros destinos”. Concluiu o académico. Com cerca de 600 páginas e uma abordagem clara e enriquecedora, a obra revela-se actuante, constituindo, portanto, um valioso contributo para a Africanidade, significando um incremento fundamental quer do ponto de vista qualitativo quer quantitativo na produção científica de Angola. Assim, constitui igualmente um importante contributo na cultura e no turismo angolano.

África, América, Angola, Ásia, Ciência, Cultura, Economia, Educação, Espanha, Europa, Sociedade

O Instituto Cervantes e a FUNIBER Firmam Protocolo Geral de Cooperação

Na manhã desta quinta-feira, teve lugar na sede do Instituto Cervantes em Madrid, Espanha, uma reunião institucional entre os altos mandatários das duas instituições espanholas vocacionadas à educação e promoção da cultura espanhola no mundo, por um lado o Dr. Luis Manuel García Montero, Director do Instituto Cervantes (IC) que esteve acompanhado com altos directivos do  IC, e por outro lado o Dr. Santos Gracia Villar, Presidente da Fundação Universitária Iberoamericana (FUNIBER), ladeado pelo Director de Relações Institucionais, Frigdiano Álvaro Durántez Prados. Esta reunião entre os altos representantes do IC e da FUNIBER que aconteceu às 10h00 na Sede Central do Instituto Cervantes em Madrid, visou a assinatura do protocolo geral de cooperação entre as ditas instituições. Assim, os signatários, na presença dos seus representantes firmaram o convênio, objectivando fundamentalmente a cooperação no domínio da língua espanhola e da cultura, com a particularidade de se potenciar a colaboração nos países africanos de língua oficial portuguesa. Especialmente, se poderá fomentar através deste acordo a colaboração em Angola através da Universidade Internacional do Cuanza (UNIC), da Rede FUNIBER. Este convênio foi celebrado depois do recente encontro a 19 de Janeiro em Madrid entre o Director de Relações Institucionais da FUNIBER, Álvaro Durántez, o Director do IC, Luis García Montero e uma alta delegação Angolana formada pelo Ex-vice-Presidente da República de Angola, Dr. Bornito de Sousa, e sua Fundação homônima, onde ambas instituições assumiram o compromisso em trabalhar conjuntamente na promoção do espanhol no mundo. Considerando que a Universidad Europea del Atlántico (UNEATLANTICO) da Rede FUNIBER, é Centro Acreditado do Instituto Cervantes, este marco institucional poderá reforçar a integração das demais Universidades da Rede FUNIBER, promovendo assim, uma maior articulação do espaço multinacional e intercontinental da Iberofonia, acção apoiada pela Rádio Iberoáfrica. A FUNIBER através deste protocolo tem a oportunidade de massificar a acção da UNIC, localizada no Cuito, província do Bié, instituição académica de ensino superior com uma filosofia voltada no ibero-americanismo e na iberofonia, com professores angolanos e outros oriundos de países hispanofalantes e onde os estudantes, de língua portuguesa, estudam e aprendem espanhol a partir do primeiro ano da sua formação, em todas as licenciaturas, evidenciando-se assim o valor da intercompreensão entre as duas línguas internacionais ibéricas. O labor da UNIC no domínio da valorização e promoção do espanhol em África é conhecido, pois, foi assim que no dia 27 de Junho do ano passado na Casa de América, em Madrid, a Universidade angolana foi premiada com o alto reconhecimento nos “II Premios Archiletras de La Lengua” como Universidade do Ano. O Instituto Cervantes tem dentre os seus objectivos, a promoção universal do ensino, do estudo e da utilização do espanhol e a promoção de todas as medidas e acções que contribuam para a difusão e a melhoria da qualidade destas actividades, bem como a difusão da cultura espanhola no estrangeiro. E, para alcançar os seus objectivos, o IC dispõe de uma ampla rede de centros no estrangeiro e que, através deles, está interessado em promover e desenvolver os objectivos do IC em todo o mundo. Por outro lado, a FUNIBER é uma instituição de cooperação educativa, cultural e técnica, fundamentalmente no âmbito da educação superior, que desenvolve a sua missão a favor das sociedades – especialmente nos países de língua espanhola e portuguesa (a Iberofonia) – promovendo projectos e participando em actividades académicas, científicas e de investigação, assim como em actividades de cooperação orientadas para o desenvolvimento e o crescimento económico. A FUNIBER mantém relações estreitas com numerosas universidades e instituições profissionais com o objectivo de proporcionar uma educação universal e global que também valoriza as identidades locais. A Revista Iberoáfrica, entidade de comunicação e cultura de vocação pan-ibérica que nasce no coração de Angola e de matriz Africana, dentro da sua visão global e missão social apoia iniciativas que promovam e fomentem uma maior integração e articulação dos países e comunidades do espaço multinacional e intercontinental da Iberofonia, preservando-se sempre a identidade das civilizações locais, visando a diversidade cultural e o enriquecimento das nações, deste cada vez mais progressivo e consolidado espaço internacional da Iberofonia.

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A Rádio da Iberofonia

A Rádio Iberoáfrica é a primeira rádio de matriz genuinamente Africana, voz da Angolanidade com vocação pan-ibérica, criada com a missão de fomentar a articulação e o intercâmbio linguístico, histórico-cultural entre todos os países do espaço multinacional e intercontinental da Iberofonia. Comprometida com a aproximação de todos os povos e nações africanas de expressão espanhola e portuguesa, assim como o estreitamento de relações culturais, diplomáticas, educativas, científicas, desportivas, ambientais e de cidadania a nível dos países de expressão portuguesa e espanhola no mundo inteiro. A Rádio Iberoáfrica, promove a cultura da paz e do entendimento entre os povos e as nações. Veículo do sector da cultura e da comunicação com projecção ao nível da Iberofonia, que compreende todos os países do mundo inteiro das duas grandes línguas ibéricas, o português e o espanhol, que, segundo Frigdiano Álvaro Durántez Prados, autor do tratado de geopolítica intitulado Iberofonía y Paniberismo. Definición y Articulación del Mundo Ibérico (Última Línea, 2018), aborda como objecto de estudo o âmbito mundial pan-ibérico de línguas espanhola e portuguesa. O espaço multinacional e intercontinental da Iberofonia é a soma da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Comunidade Ibero-Americana de Nações (CIN), que reúne cerca de 900 milhões de pessoas e cerca de 30 países de todos os continentes, constitui a décima parte da população mundial, um quinto da superfície do planeta, o primeiro bloco geolinguístico do mundo. A Rádio Iberoáfrica promove e facilita a relação horizontal e triangular entre África, América, Ásia e Europa através do diálogo, do entendimento, da cultura, paz, educação e da colaboração internacional. A Rádio Iberoáfrica nasce no coração de Angola, na invicta cidade do Cuito, Província do Bié. Angola é o maior e o principal país Ibero-Africano, situado no coração de África e um país-chave no passado, no presente e no futuro de África bem como na história da humanidade. Angola é um país enorme, belo e inspirador, rico com a sua cultura, atraente com muitas oportunidades de progresso em áreas como o turismo, desporto, agricultura, energias limpas, indústria, pesca, educação, ciência, tecnologia, inovação; uma nação comprometida com o desenvolvimento sustentável, a paz, a igualdade de gênero, a soberania dos povos, a criança, a juventude, a justiça e a liberdade. Todos esses elementos fazem de Angola um país fundamental não somente na África iberófona, mas também em todo espaço global da iberofonia. A cultura é um elemento de identidade, crucial na relação dos povos, outrossim, na divulgação das nações ao mundo; nesse sentido, a Rádio Iberoáfrica nasce com a missão de divulgar o melhor que há a nível da Iberofonia, não somente o que toca às afinidades linguísticas partilhadas pelas nossas duas línguas, como também os aspectos ligados às raízes africanas, como as línguas, os ritmos, as cores, a ciência, a educação, a audácia dos povos africanos, em benefício do equilíbrio internacional, tornando-se assim num instrumento de abertura para os povos, particularmente os da Iberofonia. A Rádio Iberoáfrica é uma promotora do equilíbrio a um mundo cada vez mais polarizado, uma voz activa que ecoa as suas acções para os quatro cantos da terra, aludindo que este planeta que partilhamos é cheio de outras lindas histórias, experiências, conhecimentos e realidades que se nos abrirmos a descobri-las certamente seremos todos muito mais enriquecidos, quer do ponto de vista humano como do ponto de vista cultural. Por intermédio da cultura se podem dirimir certas tendências homogeneizadoras do contexto internacional, que claramente são reais nos dias de hoje. Nesta óptica, os meios de comunicação radiofónico têm um papel extremamente fulcral na promoção da cultura de paz e de entendimento, outrossim na promoção da liberdade, justiça e igualdade entre as pessoas, entre as sociedades e entre as nações do mundo inteiro. Com este nobre compromisso nasce a Rádio Iberoáfrica, com uma visão clara que favorece o diálogo e o entendimento entre os povos, estimula e apoia a cultura como factor de desenvolvimento e da sustentabilidade dos povos e das nações bem como visa o enriquecimento cultural e social de todos os cidadãos da Iberofonia, através da valorização e promoção da história, língua, cultura e da educação. A pedra angular da Rádio Iberoáfrica são os valores que seguem firmes e intrínsecos com a sua nobre visão social e missão cultural, quais são: Justiça Liberdade Solidariedade Igualdade Paz. Esta rádio pioneira na Ibero-África se torna num verdadeiro instrumento activo de comunicação, um elemento de força e expressão para as pessoas, povos e para as nações do mundo inteiro, em particular, para o espaço multinacional da Iberofonia. Desde o coração de Angola nasce uma nova luz, com vozes de esperança que ecoam o pluralismo, a unidade na diversidade, a justiça, a paz e o entendimento entre todos os povos e nações a nível do espaço multinacional da Iberofonia e do mundo inteiro. Rádio Iberoáfrica, a rádio da Iberofonia.   Artigo do Director.

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